Rabiscos sobre certezas em constantes metamorfoses
rico não é o homem que coleciona e se pesa no amontoado de moedas, e nem aquele devasso, que se estende, mãos e braços, em terras largas; rico só é o homem que aprendeu, piedoso e humilde, a conviver com o tempo, aproximando-se dele com ternura, não contrariando suas disposições, não se rebelando contra o seu curso, não irritando sua corrente, estando atento para o seu fluxo, brindando-o antes com sabedoria para receber dele os favores e não sua ira. (R. Nassar)
12 janeiro, 2006
10 janeiro, 2006
pessoas que trarão um colorido, ao preto e branco de minha última produção acadêmica
“É preciso que haja alguma coisa
alimentando meu povo
uma vontade
uma certeza
uma qualquer esperança.
É preciso que alguma coisa atraia
a vida
ou tudo será posto de lado
e na procura da vida
a morte virá na frente
e abrirá caminhos.
È preciso que haja algum respeito,
ao menos um esboço
ou a dignidade humana se afirmará
a machadadas”.
(Torquato Neto)
...
"Pasmo sempre quando acabo qualquer coisa. Pasmo e desolo-me. O meu instinto de perfeição deveria inibir-me de acabar; deveria inibir-me até de começar. Mas distraio-me e faço. O que consigo é um produto, em mim, não de aplicação de vontade, mas de uma cedência dela. Começo porque não tenho força para pensar; acabo porque não tenho alma para suspender. Este livro é a minha covardia".
(Fernando Pessoa, in Livro do Desassossego)
alimentando meu povo
uma vontade
uma certeza
uma qualquer esperança.
É preciso que alguma coisa atraia
a vida
ou tudo será posto de lado
e na procura da vida
a morte virá na frente
e abrirá caminhos.
È preciso que haja algum respeito,
ao menos um esboço
ou a dignidade humana se afirmará
a machadadas”.
(Torquato Neto)
...
"Pasmo sempre quando acabo qualquer coisa. Pasmo e desolo-me. O meu instinto de perfeição deveria inibir-me de acabar; deveria inibir-me até de começar. Mas distraio-me e faço. O que consigo é um produto, em mim, não de aplicação de vontade, mas de uma cedência dela. Começo porque não tenho força para pensar; acabo porque não tenho alma para suspender. Este livro é a minha covardia".
(Fernando Pessoa, in Livro do Desassossego)
05 janeiro, 2006
Ele queria ser grande
subiu nos ombros de seu pai
Não conseguiu ver as formigas
Ficou com eternas seqüelas
Medo de altura
Percebeu porque seu pai não sorri
E, decidiu:
“quero ser criança para sempre”
Comemorando em todos seus aniversários o seu quarto ano.
Hoje ele tem muitos quatro anos
Não sabe computador
Nem cidade grande
Desenha palavras diariamente por não saber escrever
Gosta de vento e poeira
Um pouco mais de caramujo
Arvores e ignoraças
nada
nada talvez seja sua melhor profissão
doutor em nada
Manoel de barros
O poeta da minha insignificância
subiu nos ombros de seu pai
Não conseguiu ver as formigas
Ficou com eternas seqüelas
Medo de altura
Percebeu porque seu pai não sorri
E, decidiu:
“quero ser criança para sempre”
Comemorando em todos seus aniversários o seu quarto ano.
Hoje ele tem muitos quatro anos
Não sabe computador
Nem cidade grande
Desenha palavras diariamente por não saber escrever
Gosta de vento e poeira
Um pouco mais de caramujo
Arvores e ignoraças
nada
nada talvez seja sua melhor profissão
doutor em nada
Manoel de barros
O poeta da minha insignificância