Rabiscos sobre certezas em constantes metamorfoses

rico não é o homem que coleciona e se pesa no amontoado de moedas, e nem aquele devasso, que se estende, mãos e braços, em terras largas; rico só é o homem que aprendeu, piedoso e humilde, a conviver com o tempo, aproximando-se dele com ternura, não contrariando suas disposições, não se rebelando contra o seu curso, não irritando sua corrente, estando atento para o seu fluxo, brindando-o antes com sabedoria para receber dele os favores e não sua ira. (R. Nassar)

Nome:

uma mistura de todos vcs.

13 agosto, 2007

O amor: segundo Vinicius lll

O clima era o melhor possível, pouca luz, boa música e uma tranqüilidade capaz de ser tocada. Ele tímido olhava a todo instante as borboletas de seu braço. Ela usando sua típica armadura contra desilusões, sequer reparou nele ali (no canto de sua existência) a observá-la. Musicas e músicas tocam ao fundo, olhares se cruzam. O sorriso amarelo começa a despontar no canto das bocas. Porém, não esboçado nenhum movimento em prol de romper a distância existente entre os dois corpos. As canções ajudam, mas os corações (cada qual na sua desilusão) não se manifestam.
Os olhares contínuos a assustam, ela recua. O tempo passa e é chegado o momento de se despedir:

_ Já vou, tchau - diz ele rompendo a barreira da comunicação verbal. E, beija carinhosamente seu rosto.
_ Tchau, diz ela.

Ele anda, a caminho da porta, de cabeça baixa, respiração lenta e coração apertado. Torce para que algo aconteça.
Ela o observa, lembra dos olhares, a cada passo dele seu coração vibra – como que prevendo a saudade que aquele olhar provocaria. Torcia para que algo acontecesse naquele momento, como que uma ajuda divina.

Algo aconteceu...

Uma amiga os uniu.

Sem apresentações, sem nomes, sem palavras. Trocaram um profundo olhar e beijaram-se. Os anjos, sentados ao redor, observavam atentamente a alegria do amor (algo que só os impuros seres-humanos têm a dádiva de sentir).
Beijaram-se com tanto gosto, volúpia e sinceridade que a escuridão ambiente foi rompida por raios coloridos que nasciam no toque de seus lábios, formando um lindo arco-íris. Flores eram desenhadas nas paredes. Notas musicais eram cravadas escrevendo partituras em seus corações.
Lentamente afastam os lábios, sua mão corre pelos cabelos dele que sussurra ao seu ouvido:

“É melhor ser alegre que ser triste
Alegria é a melhor coisa que existe”.

2 Comments:

Anonymous Anônimo said...

"Talvez seja isso que se poderia chamar de estar vivo.
Não quero mais que isto, mas isto: vivo.
E apenas vivo é uma alegria mansa"

7:57 PM  
Blogger Nathalia MC said...

lindo
obrigada

7:41 AM  

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