Rabiscos sobre certezas em constantes metamorfoses

rico não é o homem que coleciona e se pesa no amontoado de moedas, e nem aquele devasso, que se estende, mãos e braços, em terras largas; rico só é o homem que aprendeu, piedoso e humilde, a conviver com o tempo, aproximando-se dele com ternura, não contrariando suas disposições, não se rebelando contra o seu curso, não irritando sua corrente, estando atento para o seu fluxo, brindando-o antes com sabedoria para receber dele os favores e não sua ira. (R. Nassar)

Nome:

uma mistura de todos vcs.

28 setembro, 2007

citação...

(...) Mas como não há pensar certo à margem de princípios éticos, se mudar é uma possibilidade e um direito, cabe a quem muda (exige o pensar certo) que assuma a mudança operada. Do ponto de vista do pensar certo não é possível mudar e fazer de conta que não mudou. É que todo pensar certo é radicalmente coerente.
(Paulo Freire em Pedagogia da Autonomia)

02 setembro, 2007

amigo

Escolho os meus amigos não pela pele e nem por outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquieta.
Deles não quero resposta, quero meu avesso.
Que me tragam dúvidas, angustias e agüentem o que há de pior em mim.
Para isso só sendo loucos.
Escolho meus amigos pela cara lavada e pela alma exposta.
Não quero só o ombro ou o colo. Quero também sua maior alegria.
Amigo que não ri junto, mas sabe sofrer junto.
Meus amigos são todos assim, metade bobeira e metade seriedade.
Não quero risos previsíveis e nem choros piedosos.
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça.
Não quero amigos adultos e nem chatos.
Quero-os metade infância e a outra metade velhice.
Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto e velhos para que nunca tenha pressa.

(Pablo Neruda)